Fevereiro mostra situação típica para o mês com aumento da inadimplência
Com o vencimento das prestações das compras de final de ano e o acúmulo de contas típicas de início de ano, não é raro o consumidor perder o controle orçamentário e acabar deixando de honrar algum compromisso financeiro. Foi o que revelou os dados da ACIL ao final deste mês de fevereiro.
O indicador do Sistema de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina – ACIL, trabalha com dois índices: a) consumidores entrantes (incluídos na restrição ao crédito), que aqueles que deixaram de pagar alguma conta e tiveram o nome incluído no cadastro de consumidores inadimplentes, e b) consumidores saintes (recuperaram acesso a crédito), que são aqueles que estavam com o nome no cadastro de ‘restrição ao crédito’, mas negociaram suas dívidas e ‘limparam’ o nome.
Os dados do mês de fevereiro mostram que a quantidade de consumidores que não conseguiram quitar seus débitos na data de vencimento e tiveram seu nome incluído no cadastro de inadimplentes apresentou elevação de 4% na comparação com o mesmo mês de 2022, revertendo o quadro que foi observado em janeiro, quando menos consumidores haviam sido incluído no cadastro, na comparação mês a mês.
Também no quesito de consumidores que conseguiram ‘limpar’ o nome, os números vieram piores que no mês passado. Enquanto em janeiro mais consumidores tinham conseguido deixar o cadastro de inadimplentes na comparação com o mesmo mês do ano de 2022, neste mês o resultado foi negativo com 12% menos pessoas saindo da condição de ‘cadastro com restrição’.
Tal condição era previsível na medida que a inflação tem corroído o poder de compra dos salários e o primeiro trimestre do ano é quando se acumulam as contas de IPTU, IPVA, matrículas, e aquelas faturas mais robustas no cartão de crédito.