Olá meus caros. Como já sabem, neste espaço discutimos e procuramos trazer entendimento a situações econômicas de nosso cotidiano, que nos afeta, mas que, no mais das vezes acabamos não dando muita importância.
A ideia é de abordar de forma clara e simples algum tema do momento, que seja importante, relevante e que nos afete. Mas esta coluna é feita com sua participação. Mande um e-mail para nós e escreva sobre o que você gostaria de ver comentado aqui.
Na coluna passada falei sobre as razões que me levam a defender o teto dos gastos públicos a despeito de muitos considerarem a hipótese de não cumprí-lo, o que na opinião deste é um grande erro. Hoje quero falar para você que é um micro empreendedor ou está disposto a encarar este desafio.
Um empreendedor inicia na atividade empresarial em duas situações: por perceber uma necessidade não atendida, ou seja, percebe uma oportunidade ou se viu sem opções no mercado de trabalho e precisa fazer alguma coisa para por o pão na mesa. Nenhuma pesquisa aponta se a forma de ingresso como empreendedor desempenha alguma importância para ser bem sucedido. Mas todas as pesquisas apontam para duas características de quem faz sucesso: entusiasmo para a ação e conhecimento de seu mercado.
Entusiasmo para a ação é inerente a todos os que decidem abrir seu negócio. Então vamos falar ou pouco mais sobre alguns dados importantes acerca do mercado especialmente o de Londrina e para onde é necessário focar a atenção.
Observe que a cidade já vinha de uma situação bastante delicada em termos de geração de emprego formal, aquele com carteira assinada que assegura vários direitos e movimenta todo o comércio especialmente porque são aquelas pessoas que tem mais facilidade a crédito. Para termos uma ideia, o pico de empregos formais em Londrina ocorreu em abril de 2015 quando 163.223 pessoas estavam empregadas com registro em carteira. De lá para cá, em função de sucessivas crises este numero veio caindo e chegou em janeiro deste ano a 149.549 pessoas empregadas, ou seja, foram perdidos 13.674 postos de trabalho. A situação se agravou com a pandemia e em julho chegamos a 142.370 pessoas empregadas em Londrina com registro em carteira, segundo o CAGED, ou seja, entre o pico do emprego formal e o mês de julho deste ano foram perdidos 20.857 postos de trabalho formal.
O PIB de Londrina, ou seja tudo aquilo que a cidade produz durante um ano em termos de bens e serviços deve cair próximo a 5%.
Diante disso, você se pergunta – Posso ser otimista o suficiente par abrir meu próprio negócio neste momento? E eu lhe digo. Não olhe para os 5% que foram perdidos. Ficaram os outros 95%, e lhe garanto, uma fraçãozinha deste valor que é próximo a R$ 20 bilhões de reais, veja estou falando de bilhões de reais e não de milhões de reais, o é mais que o suficiente para animar qualquer empreendedor.
Isso equivale a 7, 2 milhões de reais por hora útil na cidade de londrina. Para termos uma melhor dimensão do que isso significa é o equivalente a 220 carros populares por hora de renda gerada na nossa cidade.
Considerando esse cenário econômico o que você empreendedor precisa ter em mente. São quatro dicas.
A renda das pessoas caiu, então você precisa redimensionar seus custos para adequar o preço de seus produtos a esta realidade. Lembre-se os custos são como as unhas, precisam ser cortados tada semana.
Precisa lembrar que explodiu o numero de pessoas que estão comprando pela internet, então de um jeito de alcançar estas pessoas utilizando ferramentas digitais: em especial mídias sociais e plataformas de vendas on-line. Utilize as ferramentas que estão ai a disposição e sem custos.
Terceiro. Lembre-se que as pessoas querem os produtos entregues em casa. Então agilize um processo de logística para fazer estas entregas.
Quarta e o mais importante. Conheça o seu cliente. A melhor forma de se defender em qualquer época, e especialmente neste momento, é você saber quem é seu cliente ou seu potencial cliente, o que ele compra, quando compra, porque compra e como quer comprar. Esta é a forma de você alcança-lo.
Foca sua atenção na formação de seus custos, no alcançar seu cliente pela internet, na logística de entrega e no conhecimento de seu cliente.
Pensa nisso.
Te vejo na próxima coluna e até lá, se cuida.