19-07-2021_-_ECONOMIA_PARA_TODOS
Olá meus caros. Com uma taxa de desemprego em 14,7% o que mais precisamos na economia são notícias positivas que nos deem esperança de uma tendência para o melhor.
E um dos fatores que servem de alento para nós é a confiança que os investidores internacionais estão tendo em nossa recuperação e isso é perceptível em relação ao ingresso de capital estrangeiro na nossa Bolsa de Valores , a B3 acrônimo de- Brasil, Bolsa, Balcão que é a antiga BM&FBovespa. É sobre essa entrada de recursos estrangeiros na nossa economia que chamo a atenção na coluna de hoje
Para termos uma ideia No saldo de entradas e saídas, os investidores de outros países colocaram mais de R$ 65 bilhões na bolsa no primeiro semestre do ano, recorde absoluto para o período.
E como consequência, o Ibovespa, que é o mais importante indicador do desempenho das ações negociadas na B3, embora tendo fechado em queda na última sexta-feira (16), acumula alta de 5,83% no ano.
Interessante observar que Esses investimentos ingressam tanto pelo chamado mercado primário quanto pelo mercado secundário.
O Mercado Primário são as novas ações oferecidas pelas empresas como forma de captação de recursos. Essas operações são conhecidas como IPOs - quando a empresa oferta ações pela primeira vez e follow-ons - quando a empresa já tem capital aberto e oferta novas ações no mercado. Esse é o melhor investimento para nossa economia porque significa capital que será utilizado diretamente para aumentar a produção e por consequência gerar empregos.
O mercado secundário por sua vez, é composto pelas ações que já estão na mão do público e que são negociadas entre eles e, embora não seja utilizado diretamente em investimento produtivo é uma sinalização de que os investidores estrangeiros estão confiantes no crescimento das empresas das quais compraram ações.
No mercado secundário, ingressaram R$ 48 bilhões em investimentos estrangeiros e no mercado Primário outros R$ 17,1 bilhões, totalizando R$ 65,1 bilhões até início de julho.
Três situações ajudam a entender este repentino interesse pelas ações de empresas brasileiras por parte do capital estrangeiro: nossa moeda desvalorizada; alta nas commodities e perspectiva de crescimento econômico maior que o projetado inicialmente de 3% para 5,5%.
Em relação a desvalorização da nossa moeda é fácil entender. Assim como nossos produtos ficam baratas para quem compra em dólares quando nossa moeda se desvaloriza, o mesmo acontece com as ações na bolsa brasileira que, negociadas em real, ficaram mais baratas em dólar.
A demanda internacional em alta pelas commodities agrícolas brasileiras e uma perspectiva mais elevada na recuperação econômica em 2021, potencializaram a possibilidade de lucro destas empresas, o que aguçou o interesse estrangeiro e completam o entendimento do porquê da confiança neles em nossa economia.
Ao que tudo indica e na percepção de várias agencias de investimento, a reabertura econômica e a aceleração da vacinação repetirão o padrão que ocorre nos Estados Unidos de rápida aceleração na recuperação econômica.
Se lá fora confiam na nossa recuperação econômica, é mais uma ótima sinalização que caminhamos para a superação desta crise causada pelo Corona vírus.
Pensa nisso, Nos vemos na próxima coluna e até lá, se cuida.