Olá, meus caros. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de março, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (12) aponta crescimento inédito do setor de serviços, levando-o a uma expansão de 1,8% neste trimestre na comparação com o trimestre anterior.
Com este resultado, o setor de alcança o maior patamar de crescimento desde maio de 2015. E na comparação com o nível de atividade do setor em fevereiro de 2020, último mês antes do início da pandemia, este já é 7,2% maior.
Informações desta natureza por vezes não são enfatizadas pela grande mídia, mas é preciso dar visibilidade a números positivos.
A Pesquisa Mensal de Serviços acompanha o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, com base na receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas.
Entram nesta conta os Serviços Prestados às Famílias como alojamento e alimentação; Serviços de Informação e Comunicação, como telefonia, internet, radiodifusão; Serviços Profissionais, como advocacia, manutenção técnica e administração; Transportes, como ônibus ,correio e fretamentos; e Outros Serviços, como academias e salões de beleza.
Os serviços ligados à tecnologia da informação, foram muito demandadas pelas empresas e abordei isso na nossa coluna da semana passada. Soma-se a isso também o crescimento da produção agropecuária que impulsionou a demanda por serviços ligados ao transporte de cargas
Os Serviços Prestados às Famílias por sua vez, apresentaram crescimento de 2,4% em março embora ainda seja o único que ainda não conseguiu retomar o volume de antes da pandemia, com patamar 12% inferior à de fevereiro de 2020, impactada principalmente pela inflação elevada, que inibe consumo.
Este crescimento do setor pode ser verificado pelos números do emprego formal em nossa cidade, onde Serviços foi responsável por 82% da geração de postos de trabalho com carteira assinada, equivalente a 1.421 empregos do total do saldo positivo de 1.738 no primeiro trimestre deste ano.
Com a pandemia relativamente debelada, levando mais consumidores às ruas e maior propensão ao consumo estimulados pelo saque do FGTS e a antecipação do 13º a aposentados, injetando algo como R$ 282 mi na economia local, trazem um contexto favorável à manutenção deste crescimento no setor de serviços.
Esse crescimento é tão significativo para o país que Agencias de análise econômica e bancos de investimentos já começarem a revisar para cima os números do crescimento do PIB deste ano. O Crédit Suisse elevou a projeção de crescimento de 0,2% para 1,4%, a SulAmérica de 1% para 1,5%, o FMI de 0,3% para 0,8%,
O Boletim Focus desta segunda feira (16), que resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira (13), deve trazer também uma projeção mais elevada para o PIB de 2022.
É fundamental mantermos uma perspectiva otimista de futuro e estas informações mostram que temos tudo para construir um ano de recuperação econômica.
Pensa nisso. Te vejo na próxima coluna e até se cuida.
Marcos J. G. Rambalducci - Economista, é Professor da UTFPR.