15 de março de 2021

15-03-2021_ECONOMIA_PARA_TODOS_CESTA_BASICA

Olá meus caros. Em coluna anterior abordei que as classes salariais mais afetadas pela alta dos alimentos é justamente aquela de renda mais baixa porque dedica uma parcela maior do que ganha para a compra de mantimentos.

A explicação para as recentes altas nos alimentos especialmente a partir de agosto de 2020, é encontrada no efeito combinado de aumento da demanda internacional por commodities agrícolas e desvalorização cambial, que impacta o preço dos produtos em reais.

Em Londrina, o Nucleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas, uma parceria UTFPR UEL, realiza mensalmente o levantamento do preço dos alimentos que compõe a cesta básica e calcula a inflação resultante.

A pesquisa é realizada em 11 redes supermercadistas que atuam em londrina, considerando unidades nos quatro pontos cardeais e mais o centro da cidade, com os 13 produtos que compõem a cesta básica.

São levantados os preços dos produtos que apresentam o menor valor e não são consideradas as marcas. Série histórica iniciada em maio de 2001 pelo prof. Flavio de Oliveira Santos.

Para uma ideia melhor sobre a perda do poder de compra do trabalhador, entre 1º de agosto e 30 de dezembro, momento em que os preços realmente dispararam a inflação da cesta básica foi de 29,4% contra uma  inflação oficial de 4% no mesmo período. Ou seja, uma cesta que era comprada em 1º de agosto por R$ 399,26 na média, saltou para R$ 505,01 no final de dezembro.

Os três produtos recordistas de alta foram o feijão (141%), seguido do óleo de soja (117%) e do arroz (107%) e, com exceção do café (com queda de 22,7%, todos os demais produtos tiveram alta acima de dois dígitos ao longo de 2020.


No mês de janeiro a cesta se manteve estável e caiu um pouco em fevereiro para R$ 471,00.

Mas a verdade é que não há nada que indique que as pressões do mercado internacional e do câmbio irão diminuir e some-se a isso, os constantes aumentos no preço dos combustíveis, com consequente encarecimento dos custos de produção, não dá para acalentar esperanças de que os preços vão realmente tornar a cair.

Então: como o consumidor pode se prevenir contra esta escalada nos preços? Não tem nada de novo naquilo que vou falar, mas trago alguns números para enfatizar a necessidade primeiro da pesquisa de preços.

Para ter uma ideia, na última pesquisa, agora em fevereiro, se você comprar todos os produtos pelo preço mais barato em cada um dos supermercados o valor da cesta que na média foi de R$ 471,00 ficaria em R$ 369 ou seja, uma economia de 21,5%  ou R$102 a menos. Mas se você comprar no mercado mais caro esta mesma cesta custará R$ 537. A diferença entre a cesta pelos menores preços e a cesta mais cara é de R$ 168 ou 46%.

Além a pesquisa de preços, livre-se um pouco de ser refém de marcas, procure mudar um pouco os hábitos alimentares da família substituindo a carne por mais verduras e legumes. Lembrando que a carne é responsável por 40% do custo da cesta. Além de economizar estará fazendo um bem para sua saúde.  

Pensa nisso, Nos vemos na próxima coluna e até lá, se cuida.