08-03-2021-_ECONOMIA_PARA_TODOS
Olá meus caros. O mundo vive uma situação econômica muito delicada e os dados do Produto Interno Bruto, que é a soma do que foi produzido em uma região durante um determinado tempo, revela o quanto os países perderam.
O Brasil perdeu 4,1% na comparação com o ano anterior, Os EUA perderam 3,5%; Japão 4,8%, França 8,2%, Reino Unido 9,9%, Espanha 11%. Somente a China conseguiu ter um PIB positivo de 2,3%.
As nações tiveram que diminuir sua produção para poder combater o Corona Virus e no bojo desta situação, há o aumento do desemprego e consequente aumento do endividamento das famílias.
Em Londrina, o Nucleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas, uma parceria UTFPR UEL, realiza trimestralmente a PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplencia do Consumidor, que analisa 3 grandes indicadores: Qual é a proporção de famílias que possuem algum tipo de dívida, Se possuem dívidas em atraso, e se conseguirão pagar suas dívidas neste mês.
O nível de endividamento, além de fortes implicações econômicas em termos pessoais e familiares, e dos graves problemas psicológicos e sociais que lhe estão associados, afeta de forma direta o setor real da economia, seja junto às instituições de crédito, nas vendas do varejo e, indiretamente na própria oferta de postos de trabalho. Por essa razão é importante ter e divulgar estas informações.
Esta Pesquisa é coordenada pela Engenheira em Formação Mariana Cardoso do curso de engenharia da Produção da UTFPR. O levantamento dos dados foi realizado entre os dias 15 e 21 de fevereiro de 2021, com 322 respondentes. A margem de erro da pesquisa é de 5%.
O total de pesquisados em Londrina que declarou ter algum tipo de dívida é de 69%. Isso significa que praticamente 7 entre 10 famílias tem algum tipo de dívida. Este número é 8% maior que a média do endividamento das pesquisas anteriores.
49% das dívidas são com o cartão de crédito, 15% são com a prestação da casa, e 14% com a prestação do carro, carnês de loja representam 11% e empréstimo consignado outros 5%.Mas ter dívidas não é um mal em si. O problema é saber se você está conseguindo pagar estas dívidas.
Do total de respondentes que disseram ter algum tipo de dívida, 38% estão com alguma delas em atraso, o que significa que de 10 pessoas com dívidas 4 deixaram alguma delas para traz. E destes que deixaram alguma dívida para traz 40% não vão conseguir pagá-la neste mês. Este é o maior número da nossa série histórica que teve inicio em 2016.
E o que é possível dizer para estas pessoas que estão na condição de inadimplente? Primeiramente que saiba que ele não está sozinho. Segundo que comece a pensar em formas de negociar estas dívidas – a pior situação é a de não encarar a situação.
Então vamos lá. Passo 1 – faça um levantamento apurado de tudo o que você está devendo. Passo 2 – Analise suas receitas e a possibilidade de realizar algum trabalho que possa aumenta-la; passo 3 separe as dívidas que cobram juros mais elevados, como cartão de crédito e cheque especial – passo 4 – passe a contabilizar todos os seus gastos e procure cortar tudo aquilo que não seja absolutamente essencial. passo 5 - procure seu credor pessoalmente ou pela internet e tente renegociar a dívida, seja pela redução de juros seja aumentando os prazos.
E aprenda a poupar. Rico não é quem ganha muito – rico é quem gasta menos do que ganha.
Pensa nisso, Nos vemos na próxima coluna e até lá, se cuida.