06-06-22_-_ECONOMIA_PARA_TODOS
Olá, meus caros. Nesta terça e quarta-feira (7 e 8) a Indústria Eletro Metalmecânica de Londrina se reúne em evento promovido pela Governança do setor, com realização do Sindimetal Norte e SEBRAE, e patrocinado por várias entidades, com destaque para o Sistema Fiep por meio do SENAI.
Intitulado de INOVEMM 2022, discutirá a importância deste segmento para a cidade, e formas de transferência e incorporação de tecnologias que permitam dinamizar nossa indústria. Chamei a atenção para este evento para ressaltar a importância da indústria manufatureira para qualquer economia, e mostrar por que e como ela cria valor.
Criar valor significa juntar uma quantidade de insumos de maneira a fazer com que o preço que o mercado está disposto a pagar pelo produto resultante, seja maior que os custos pagos pelos insumos utilizados na sua produção.
Quanto maior a distância entre o que se gasta para produzir e o preço que o mercado está disposto a pagar pelo produto, maior é o valor agregado no processo.
Disso resulta duas formas de aumentar o valor agregado – o primeiro é produzir e ofertar um produto que o consumidor esteja disposto a pagar mais por ele e o segundo é reduzir os custos para sua produção. Estas duas formas aumentam a distância entre o custo de produção e o preço de venda. Maior distância maior valor, que significará, mais renda e mais empregos para todos.
Além disso tem mais uma coisa em comum – ambas são consequência da incorporação de tecnologia no processo produtivo. E a agregação de valor se dá tanto na agricultura, quanto em serviços ou no comercio, mas é na indústria que este processo é mais acentuado. É no processo de transformação de um punhado de coisas em outra coisa que é possível incorporar e materializar a tecnologia.
Por ter este entendimento é que defendo enfaticamente que Londrina precisa de políticas efetivas de industrialização. É necessário fortalecer a participação da indústria na composição do PIB de Londrina. É preciso que a industria esteja mais presente na soma de tudo o que produzimos
Mais que nunca tenho visto a formação de uma tríplice hélice a impulsionar este movimento. O setor público tem atuado no sentido de tirar do papel, uma série de projetos voltados a atrair empresas de base tecnológica para nossa cidade.
Aponto três delas, por serem mais visíveis: o Tecnocentro, inaugurado a 2 semanas, a Cidade Industrial em fase de implantação e um Parque Tecnológico ainda a ser anunciado, que mudará definitivamente a cara de Londrina.
A outra pá desta hélice são as universidades. É lá que se desenvolve tecnologia a ser incorporada no processo de manufatura.
Estas três forças, setor público, setor produtivo e academia quando reunidas são capazes sim de apoiar de desenvolver e de transferir saberes para este setor produtivo, melhorando nossa economia e a vida de nossa gente.
Pensa nisso, te vejo na próxima coluna e até lá se cuida.
Marcos J. G. Rambalducci - Economista, é Professor da UTFPR. Escreve às segundas-feiras.
Maiores informações sobre o evento podem ser obtidas acessando: https://inovemm.com.br/